A musculação é uma atividade física que traz ganhos ao corpo para além da hipertrofia. Mas não basta elevar halteres para sentir seus benefícios.
É preciso estratégia para entender qual exercício se adequa perfeitamente aos objetivos desejados. Isso inclui saber decidir: é melhor treinar um grupo muscular por vez ou o corpo todo?
Como decidir o melhor treino
Segundo o professor de Medicina do Esporte, Raphael Einsfeld, a escolha depende da finalidade que cada pessoa tem com a atividade física. “Existem métodos mais indicados para o crescimento [muscular], outros para condicionamento físico, por exemplo”, comenta.
É importante levar em consideração também a rotina individual. Assim, Einsfeld elenca algumas perguntas-chaves que devem ser feitas para determinar qual o melhor treino a ser seguido: “Qual é o meu objetivo principal? Sou treinado ou não? Quanto tempo tenho no dia? Quantas vezes por semana?”
Para quem não tem tempo
Segundo Einsfeld, o full body é uma excelente opção para quem que não têm muito espaço na agenda para se exercitar, mas busca encaixar uma atividade física na rotina.
Embora seja longo (e com alta demanda energética) e demande mais minutos para ser executado, esse tipo de treino tem como propósito ativar o máximo de músculos do corpo simultaneamente – o que permite atender as necessidades de uma só vez.
“Se a pessoa só vai na segunda, quarta e sexta-feira, talvez valha a pena fazer um full body com menor intensidade para garantir que se trabalhe toda a musculatura.”
Além de pessoas com a vida agitada, o full body é indicado para quem está começando. “Se o iniciante entrar com uma sobrecarga muito grande em grupos musculares específicos, há o risco de sentir dor enorme no pós-treino – o que pode desestimulá-lo a ir de novo. Então, é preferível desgastá-lo um pouco menos trabalhando o corpo todo.”
Para tem mais tempo
Já as atividades com foco em grupos musculares específicos são mais voltados para quem consegue ir para a academia todos os dias (ou em boa parte deles). “A pessoa tem tempo todo dia, mas só tem meia hora. Então, dá para fazer treinos ABC, com menor carga, mas mais intensidade em determinada musculatura.”
Normalmente, os modelo ABC (ou ABCDE) trabalham de modo que as regiões sejam ativadas intercaladamente para que não haja sobrecarga muscular. “Um dia peito, outro costas, braço, perna, ombro, ou junta peito com bíceps e assim vai.”
Por fim, Einsfeld reforça que o importante é manter-se ativo. “No longo prazo, o ganho de massa muscular é um fator de proteção para o idoso, principalmente para [prevenir] quedas e para [garantir] a independência.”
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/treino-por-grupo-muscular-ou-todos-de-uma-vez-o-que-e-melhor/