Israel ainda não tomou uma decisão política sobre como proceder em Gaza após dois dias consecutivos de reuniões, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está interessado em um acordo de cessar-fogo, disse à CNN uma fonte próxima às negociações.
Netanyahu se reuniu com os seus mais altos conselheiros e ministros em fórum de segurança no domingo (29) e nesta segunda-feira (30). Embora tenham sido tomadas “decisões operacionais”, disse a fonte, o grupo ainda não chegou a uma decisão firme sobre como proceder.
O pequeno grupo dos mais altos funcionários do governo de Israel inclui ministros Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, que defenderam uma intensificação dos ataques em Gaza, e outros funcionários como Aryeh Deri, que defendem um acordo abrangente de reféns que traria o fim da guerra.
Ben Gvir, chefe do partido Poder Judaico, insistiu que um “movimento decisivo” deve ser feito em Gaza e expressou frustração pelo fato de Israel estar perdendo tempo e oportunidades a cada dia que passa, disse a fonte.
Netanyahu está tentando chegar a uma decisão antes de sua viagem a Washington, DC, para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse a fonte, acrescentando que talvez seja necessário tomar uma decisão esta semana.
Trump pressionou abertamente pelo fim da guerra em Gaza. Na sexta-feira (27), ele afirmou que um cessar-fogo seria acordado “dentro de uma semana”.
No domingo, Netanyahu disse que “muitas oportunidades se abriram” após as operações militares de Israel no Irã, incluindo a possibilidade de trazer para casa os reféns detidos em Gaza.
Em um discurso em uma instalação da agência de segurança Shin Bet no sul de Israel, Netanyahu disse: “Como provavelmente sabem, muitas oportunidades abriram-se agora após esta vitória. Em primeiro lugar, para resgatar os reféns. É claro que também precisaremos de resolver a questão de Gaza, derrotar o Hamas, mas acredito que cumpriremos ambas as missões”.