A Polícia Civil está investigando se Ademilson Ferreira dos Santos, padrasto do jovem de 20 anos que morreu após comer um bolinho de mandioca envenenado, tem relação com a morte do próprio tio, que morreu em Minas Gerais.
A delegada do caso, Liliane Lopes Doretto, afirmou que está apurando o caso e pode pedir a exumação do corpo à polícia mineira. Ademilson está preso e confessou que envenenou o enteado, Lucas da Silva.
Em um áudio, obtido pela CNN, o homem disse que o chumbinho foi comprado por R$ 25 pela esposa, em uma loja de Diadema, cidade próxima de São Bernardo do Campo, onde Lucas morava. O padrasto admitiu ter misturado o veneno em um creme de leite e que ele, a esposa e os enteados comeram os bolinhos.
Ao ser questionado por qual motivo teria misturado o chumbinho no creme de leite, Ademilson respondeu que queria tirar a própria vida. Porém, Lucas foi quem mais sofreu, como diz o próprio o padrasto.
Para a Polícia, a motivação do crime estaria ligada a ciúme excessivo e possessivo, com relatos de que Ademilson abusava sexualmente dos enteados.
Durante a confissão, o padrasto nega as acusações e diz que “é homem e não estuprador”.
A polícia está investigando as denúncias de abuso sexual, que teria sido cometido pelo padrasto. A delegada do caso afirmou também que vai pedir um teste de sanidade da mãe de Lucas e investiga se ela sabia dos supostos abusos.
Ademilson foi preso temporariamente pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira (16). Ele deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado.