Saiba o que é a esofagite, doença diagnosticada em Bolsonaro


Boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star neste sábado (16) revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 70, sofre de um quadro persistente de esofagite e gastrite.

O diagnóstico foi concluído após o ex-mandatário ser submetido a uma bateria de exames que durou aproximadamente cinco horas.

O que é esofagite?

A esofagite se caracteriza por uma inflamação do esôfago (o tubo muscular que transporta os alimentos e líquidos da boca para o estômago), que pode causar desconforto significativo e, quando não tratada, pode levar a complicações sérias.

A literatura médica indica que a causa mais comum da esofagite está ligada ao refluxo gastroesofágico – que ocorre quando a válvula entre o esôfago e o estômago, chamada cárdia, relaxa de forma inadequada, permitindo que o ácido do estômago suba.

Além do refluxo, a esofagite pode ser desencadeada por outros fatores:

  • Esofagite eosinofílica: Relacionada a alergias alimentares, causa inflamação no esôfago por meio do acúmulo de células inflamatórias chamadas eosinófilos.
  • Esofagite medicamentosa: Ocorre pelo contato prolongado de certos remédios, como antibióticos, anti-inflamatórios e corticoides, com a mucosa esofágica.
  • Esofagite infecciosa: Causada por infecções por fungos, bactérias ou vírus, sendo mais comum em pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Os sintomas da esofagite frequentemente se manifestam após as refeições e incluem:

  • Azia e queimação persistentes.
  • Dificuldade e dor ao engolir (disfagia).
  • Dor no peito, que pode ser confundida com problemas cardíacos.
  • Rouquidão, tosse seca e gosto amargo na boca.

Fatores de risco

Segundo estudos sobre o tema, alguns fatores de risco aumentam a predisposição para o quadro de esofagite, desde histórico familiar da doença a alergias alimentares, além de obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo.

O diagnóstico é realizado por um gastroenterologista. Após a avaliação clínica, o médico pode solicitar uma endoscopia digestiva alta, que permite visualizar a mucosa do esôfago e identificar alterações. Outro exame, a pHmetria esofágica, pode ser feito para medir a quantidade de ácido que retorna do estômago para o esôfago em um período de 24 horas.

Tratamento e prevenção

O tratamento da esofagite depende da sua causa. No caso de infecções, são usados antibióticos, antivirais ou antifúngicos. Já a esofagite por refluxo e a eosinofílica, que são doenças crônicas, exigem mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos contínuos ou intermitentes. Em alguns casos, a cirurgia também pode ser uma opção.

Especialistas são categóricos ao destacar a importância do tratamento da esofagite para evitar complicações graves, como o estreitamento do esôfago (estenose) e o desenvolvimento de úlceras. Em casos crônicos, o quadro pode levar a uma condição conhecida como esôfago de Barrett, uma alteração no revestimento interno do esôfago que, em casos raros, é possível desencadear uma lesão maligna.

Para prevenir a esofagite e aliviar os sintomas, algumas medidas são essenciais:

  • Evitar deitar-se logo após as refeições.
  • Não consumir alimentos condimentados, gordurosos ou bebidas alcoólicas em excesso.
  • Praticar exercícios físicos e manter um peso saudável.
  • Evitar o tabagismo.
  • Não usar roupas muito apertadas, que aumentam a pressão abdominal.
  • Nunca se automedicar.

Além disso, a adoção de uma dieta saudável, combinada com hábitos benéficos e o acompanhamento médico, é fundamental para o controle da doença e a melhoria da qualidade de vida.

 

 

 



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/saiba-o-que-e-a-esofagite-doenca-diagnosticada-em-bolsonaro/

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