Dentre os 344 deputados que votaram pela aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, 82 deles são do PL (Partido Liberal), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e dez do PT (Partido dos Trabalhadores), legenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A quantidade representa 93,1% da bancada do PL, que contempla 88 parlamentares, e 14,93% do PT, que conta com 67 na Câmara.
A proposta de emenda à Constituição que quer dificultar a abertura de processos criminais e prisões contra deputados e senadores foi aprovada nesta terça-feira (16). O próximo passo, após os destaques, é ser analisada no Senado.
As outras bancadas também contaram com números expressivos, como é o caso do Republicanos, partido do presidente da Casa, Hugo Motta. No caso, 95,56% votou a favor, contemplando 43 dos 45 deputados.
Veja abaixo a composição:
O terceiro partido com maior adesão à PEC da Blindagem foi o União Brasil, com 88,14% da bancada — 52 dos 59 parlamentares filiados ao União foram favoráveis ao projeto.
Na outra ponta, há partidos em que nenhum deputado votou a favor da PEC. É o caso do PSOL, em que todos os 14 votaram de forma contrária à aprovação do texto. Outra sigla a seguir nesse mesmo sentido foi a Rede e PCdoB.
A matéria, que foi incluída na pauta do plenário após reunião de líderes na manhã desta terça-feira, visa restringir a prisão em flagrante de parlamentares e prevê a necessidade de aval do Legislativo para abertura de ações penais contra congressistas.
Ele também prevê uma votação secreta para analisar a abertura ou não dos processos em até 90 dias, além de adesão do foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos que tenham representação no Congresso.