O projeto de anistia, agora rebatizado como PEC da Dosimetria, tem gerado um isolamento político do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento de lançamento dessa nova estratégia, realizado na residência do ex-presidente Michel Temer (MDB), não contou com a presença de representantes do partido, sinalizando um distanciamento significativo. A apuração é do analista Pedro Venceslau durante o CNN Arena.
Mesmo com a possibilidade de redução de pena em até seis anos para Bolsonaro, a iniciativa não tem sido bem recebida por seus apoiadores. Nas redes sociais, especialmente na plataforma X, bolsonaristas têm criticado fortemente a proposta da PEC da Dosimetria, com manifestações contrárias de figuras como Paulo Figueiredo.
Isolamento político
O cenário atual evidencia um distanciamento entre o PL e o Centrão, uma articulação que impacta diretamente na capacidade do partido de avançar com suas agendas na Câmara dos Deputados. A situação é agravada pela postura de lideranças políticas, como o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que declarou não ter interesse em estabelecer contato com Bolsonaro.
A interlocução com o governo será conduzida por pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto o PL se encontra em posição delicada. O governo possui diversas contrapartidas para oferecer, incluindo apoio a projetos como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública.
A redução da pena de Bolsonaro, mesmo que concretizada, não seria suficiente para reposicioná-lo como um ator político relevante. Mesmo que livre da prisão, sua condição de inelegibilidade o impediria de participar ativamente da vida política brasileira, incluindo atividades como articulação de palanques e campanhas pelo país.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/analise-projeto-da-anistia-isola-pl-e-bolsonaro/