O Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de uma audaciosa ação criminosa neste domingo (19) que resultou no roubo de joias consideradas “inestimáveis“. Os ladrões agiram em apenas sete minutos, violando a Galeria de Apolo e suas vitrines que abrigavam importantes peças da realeza francesa. Em entrevista à CNN, o diretor do Museu do Ipiranga, Paulo Garcez Marins, explicou a importância das peças que o Louvre abriga.
Entre os itens roubados, destaca-se a tiara de diamantes e pérolas da Imperatriz Eugênia, adquirida pelo Louvre há alguns anos após a dispersão da coleção Turnum Taxis. Também foram levados diamantes históricos como o Regen, um dos mais célebres do mundo, e o Hortensia, além de um conjunto de diamantes e safiras que pertenceram à Dona Amélia e à Condessa de Paris.
Falha na segurança
Suspeita-se que os criminosos aproveitaram uma brecha na segurança durante obras de restauração em andamento no museu, utilizando um elevador de obra para acessar o local. O incidente expõe vulnerabilidades no sistema de segurança de uma das instituições culturais mais importantes do mundo.
“O roubo é comparável ao ocorrido em Dresden, Alemanha, em 2019, quando joias da antiga monarquia da Saxônia foram saqueadas e nunca recuperadas. As peças subtraídas do Louvre são facilmente reconhecíveis, o que torna praticamente impossível sua comercialização no mercado legal”, ressalta o especialista.
Este não é o primeiro incidente desta natureza no Louvre. O museu já enfrentou outros episódios de furto ao longo de sua história, incluindo o famoso roubo da Mona Lisa em 1911, que foi posteriormente recuperada. “O caso atual representa mais um capítulo preocupante na história da segurança do patrimônio cultural mundial”, conclui Paulo.