Três dias após a Operação Contenção, o Rio de Janeiro tenta organizar os próximos passos no enfrentamento ao crime organizado e na apuração das mortes decorrentes da ação.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias das mortes e o andamento da operação. O Instituto Médico Legal (IML) do Rio identificou 100 dos 121 mortos. Todos passaram por necropsia, mas os laudos devem ser divulgados em um prazo de 10 a 15 dias úteis.
Sessenta corpos foram liberados para sepultamento até esta quinta-feira (30), segundo deputados federais e estaduais que estiveram em diligência no IML.
Além da apuração oficial, o governo estadual discute medidas de longo prazo para ampliar ações de segurança e coordenação com outros estados.
Após reunião com governadores aliados, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) anunciou o lançamento de um consórcio interestadual focado na área de segurança pública, com sede proposta no Rio.
Por sua vez, o Governo Federal anunciou a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro. A decisão é um dos desdobramentos de reunião realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e autoridades federais, onde repercutiram a operação realizada na terça-feira.
De acordo com Lewandowski, o escritório vai “facilitar o diálogo entre União e governo estadual”, desfazer amarras burocráticas, além de unir esforços das forças federais e estaduais para que a crise no Rio de Janeiro seja rapidamente superada.
A megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar foi realizada na terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. Com 121 mortos, tornou-se a operação policial mais letal da história do estado.
A ação tinha como objetivo combater a expansão territorial do Comando Vermelho e cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças e integrantes da facção.
 
 