Um homem foi morto e outras três pessoas ficaram feridas em um atentado com carro e esfaqueamento na Cisjordânia nesta terça-feira (18), disseram as Forças Armadas israelenses e o serviço de ambulância do país.
Autoridades israelenses descreveram o caso como um ataque terrorista. Os militares afirmaram em um comunicado que dois agressores também foram mortos por soldados, mas não forneceram mais detalhes.
Também foi informado que materiais explosivos foram encontrados no veículo usado pelos agressores. Os dispositivos estavam sendo neutralizados por especialistas em eliminação de bombas.
Nenhum grupo reivindicou autoria do ataque até o momento.
O atentado ocorreu entre Belém e Hebron, em um cruzamento que é um centro de tráfego na entrada de um conjunto de assentamentos israelenses conhecido como bloco Etzion.
O serviço de ambulância israelense afirmou que um homem de 30 anos morreu ao ser esfaqueado. Uma mulher está em estado grave, enquanto um homem e um menino estão em estado moderado.
Ataques de colonos na Cisjordânia
Na Cisjordânia, os palestinos têm enfrentado restrições militares mais rígidas e um aumento nos ataques violentos de colonos judeus.
Assim, Israel está sob crescente pressão internacional para conter as agressões contra palestinos na área.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na segunda-feira (17) que convocaria com urgência os ministros do gabinete para garantir que os israelenses por trás dos últimos ataques contra os palestinos na Cisjordânia sejam levados à Justiça.
Israelenses incendiaram casas e veículos em Jab’a, um vilarejo palestino próximo a Belém, depois de um ataque anterior a propriedades e civis no vilarejo de Sa’ir, informou a agência de notícias WAFA, citando autoridades.
Neste mês, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que os colonos realizaram pelo menos 264 ataques contra palestinos em outubro — o maior número mensal desde que a ONU começou a registrar casos do tipo em 2006.
Lar de 2,7 milhões de palestinos, a Cisjordânia está há muito tempo no centro dos planos de um futuro Estado palestino ao lado de Israel. Sucessivos governos israelenses incentivaram a rápida expansão dos assentamentos israelenses na região.
