Mudança na previdência é inconstitucional, diz presidente da CNM


A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) manifestou preocupação com o projeto de lei complementar aprovado no Senado que estabelece regras diferenciadas para agentes de saúde. Segundo Paulo Ziulkoski, da CNM, a medida terá um impacto de R$ 109 bilhões nas contas municipais nos próximos 30 anos.

O projeto em questão propõe alterações significativas nas regras previdenciárias, incluindo a redução do tempo de aposentadoria em 20 anos para mulheres e 22 anos para homens, além de restabelecer a paridade entre ativos e inativos. De acordo com Ziulkoski, o impacto inicial será de aproximadamente R$ 4 bilhões por mês nas prefeituras.

Impacto na saúde pública

A medida afetará diretamente os serviços de saúde oferecidos à população. “O dinheiro da saúde é o mesmo, o orçamento que nasceu na saúde já está votado. No momento em que isso for aprovado, vamos ter que tirar o dinheiro que está indo para a saúde, que já é pouco”, explica Ziulkoski.

A CNM argumenta que a proposta é inconstitucional, pois uma lei complementar não pode alterar normas constitucionais. Ziulkoski ressalta que os municípios já gastam em média 25% do orçamento com saúde, acima dos 15% exigidos pela Constituição, e não há margem para novos gastos.

A entidade alerta ainda sobre a existência de cerca de 200 projetos tramitando no Congresso que criam benefícios sem previsão de recursos para pagamento. Segundo Ziulkoski, isso fere o artigo 128 da Constituição, que proíbe a União de criar despesas para municípios sem a devida fonte de recursos.

Abono salarial: Saiba o que muda em 2026 e quem pode perder benefício

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/mudanca-na-previdencia-e-inconstitucional-diz-presidente-da-cnm/

{title}