O consumo híbrido deixou de ser tendência e virou rotina no Brasil. Uma pesquisa da Wake – empresa de tecnologia para soluções digitais – mostra que 92,7% dos brasileiros já utilizam mais de um canal antes de finalizar uma compra.
De acordo com o estudo, os consumidores já não se identificam como digital ou físico, conseguindo transitar entre diferentes canais. A empresa contou com 1.000 participantes para realizar o estudo.
Digital como vitrine
A descoberta de novos produtos ocorre, em sua maioria, nas redes sociais. Cerca de 63,9% encontram novidades no feed de aplicativos, enquanto 62,6% encontram o que desejam na ferramenta de busca, afirma a pesquisa.
Além disso, a viralização das mercadorias no ambiente digital também é um fator que pesa na decisão na hora da compra. Para 56,3% do entrevistados, produtos virais aumentam a intenção de compra. Plataformas como o TikTok Shop e o Instagram já influenciam mais da metade dos consumidores.
Mas apesar dos atrativos e táticas de convencimentos que vem do digital, a decisão final do comprador depende da credibilidade do mercado.
Algumas ferramentas que ajudem o consumidor a criar maior confiança podem ser o diferencial competitivo para as marcas. De acordo com o estudo, 80,3% dos brasileiros são influenciados a definir a compra quando existe avaliações de outros clientes disponíveis.
A integração entre canais também é outro fator que impulsiona o consumo, sendo que 45,8% consideram a coerência entre físico e digital como essencial. 69,4% também declararam desistência da compra em marketplace por má reputação.
Interesse em diferentes canais de compras
Mas apesar da integração entre os ambientes físico e digital, o interesses ainda são diferentes para cada espaço.
Nos marketplaces, as categorias de maior interesse se concentram em produtos como eletrônicos, itens para casa e artigos de moda e beleza são os mais buscados. A razão está associado a percepção do consumidor que vê esses canais como centros completos de comparação.
Já as redes sociais impulsionam compras por desejo. Assim, os setores de “moda e skincare” lideram o movimento, enquanto “decoração criativa” também acompanha o impulso.
Nos sites próprios das marcas, a motivação do consumidor está atrelada a confiança. Sendo assim, produtos exclusivos ou técnicos são os mais buscados.
O futuro do comércio já é híbrido
O comportamento do consumidor brasileiro se torna diferente a medida que novas ferramentas ficam cada vez mais presentes e disponíveis para comparar preços e confirmar a segurança dos locais de compra.
Segundo a pesquisa assistentes virtuais já são úteis para 38,4% dos entrevistados, que utilizam o instrumento digital para rastrear a compra em tempo real e realizar buscas por imagem.
Mas apesar da facilidade, o contato humano segue indispensável. O estudo evidencia uma mudança estrutural que o consumidor brasileiro vive entre telas, lojas e feeds.
Comprar também faz com que o brasileiro busque por espaços -físicos ou digitais – onde há conveniência, confiança e boa experiência.
A mudança no comportamento do consumidor torna a integração dos canais cada vez mais necessária, e faz com que a competitividade dependa da entrega de um serviço sem atrito e mais fluído.
*Sob supervisão de Pedro Zanatta.
