O Brasil apresentou uma proposta denominada “Mapa do Caminho” para redução das emissões de CO2, mas enfrenta críticas da comunidade científica que demanda medidas mais rigorosas. O plano busca estabelecer diretrizes para manter o aumento da temperatura média global em até 1,5 °C, em um momento crítico em que o orçamento de emissões está próximo do esgotamento. A análise é de Pedro Côrtes, no CNN Novo Dia.
Estudos indicam que as emissões de gases do efeito estufa precisam começar a diminuir já em 2026, evidenciando a urgência da situação. Cientistas renomados, como Paulo Artaxo e Carlos Nobre, argumentam que o roadmap brasileiro necessita de propostas mais intensas e ações mais contundentes para efetivamente enfrentar a crise climática.
Desafios diplomáticos
A proposta brasileira, embora menos incisiva do que o recomendado pela comunidade científica, leva em consideração aspectos diplomáticos importantes. “A estratégia visa facilitar a adesão de um número maior de países, reconhecendo que medidas muito rígidas poderiam encontrar resistência significativa no cenário internacional”, explica Pedro.
O plano atual é apresentado como um ponto de partida para discussões mais amplas sobre a redução do uso de combustíveis fósseis. “A expectativa é que, ao longo do processo, a proposta seja aprimorada e as resistências sejam gradualmente superadas, permitindo o estabelecimento de metas mais ambiciosas para o combate às mudanças climáticas”, conclui o analista.
