Bombas de fragmentação mataram mais de 1.200 civis na Ucrânia, diz grupo


Bombas de fragmentação causaram mais de 1.200 mortes de civis na Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, informou o Landmine and Cluster Munition Monitor nesta segunda-feira (15).

Essas munições continuaram sendo usadas pelos dois lados do conflito, particularmente pela Rússia, causando mortes e ferimentos em civis, disse o em um novo relatório.

“Continuam ocorrendo ataques que atingem áreas civis e edifícios residenciais. Ataques individuais… mataram dezenas de civis e deixaram centenas de feridos”, disse Michael Hart, especialista em pesquisa do Cluster Munition Monitor.

Nem a Rússia, nem a Ucrânia, fazem parte de uma convenção de 2008 que proíbe o uso de bombas de fragmentação, que atualmente tem 112 países-membro.

Esses dispositivos são disparados do solo ou por aeronaves. Então, explodem no ar, pulverizando fragmentos de bombas menores em uma área ampla.

Os sobreviventes geralmente sofrem ferimentos graves causados por explosões e queimaduras que podem demandar cuidado médico para toda a vida.

Os ativistas se preocupam principalmente com as bombas não detonadas, que permanecem no campo de batalha muito tempo após o término de um conflito.

Os Estados Unidos enviaram bombas de fragmentação para a Ucrânia em pelo menos sete remessas entre julho de 2023 e outubro de 2024, incluindo armas que aparentemente transitaram pela Alemanha, que é parte da Convenção, segundo o relatório.

Não houve novas transferências durante o governo de Donald Trump, ainda segundo o grupo.

Risco de mais países usarem as bombas

O monitor disse que a retirada da Lituânia do tratado sobre as bombas de fragmentação em março de 2025 “levantou preocupações sobre a erosão das normas de desarmamento humanitário”. Foi o primeiro país a se retirar da convenção.

“Já vimos o impacto que essa decisão teve sobre o Tratado de Proibição de Minas, e os Estados devem ficar extremamente atentos quanto a um efeito dominó mais amplo”, afirmou Tamar Gabelnick, diretora da Cluster Munition Coalition.

Em junho, a Ucrânia se juntou a alguns países que anunciaram a retirada da Convenção de Ottawa sobre minas terrestres, diante do que eles dizem ser ameaças militares crescentes da Rússia.



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/bombas-de-fragmentacao-mataram-mais-de-1-200-civis-na-ucrania-diz-grupo/

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