O governador Cláudio Castro (PL) defendeu a necessidade de uma atuação integrada entre os diferentes níveis de governo para atuar contra facções criminosas, comparando à lógica da separação dos poderes: independentes, porém harmônicos entre si. “O Rio de Janeiro sozinho tem condições de vencer batalhas, mas não tem condições de vencer a guerra. A guerra somente juntos conseguiremos vencer”, afirmou.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (29), Castro abordou a megaoperação que resultou em mais de 100 mortes. O governador lamentou a morte de quatro policiais e explicou que as demais baixas foram de criminosos. “Queríamos ter prendido todos com vida, mas foi uma consequência da retaliação que eles acabaram fazendo e do uso desproporcional da força que aqueles criminosos fizeram”, declarou.
Castro destacou ainda a importância do desarmamento e da asfixia financeira como estratégias fundamentais no combate ao crime organizado. Ele ressaltou que divergências e convergências fazem parte do processo democrático na busca pelo objetivo comum da segurança pública.
GLO
Castro descartou a necessidade de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, ressaltando que as forças de segurança do estado estão mais bem preparadas do que em 2018.
Segundo o governador, o tema da GLO surgiu apenas em relação ao uso de veículos blindados, que haviam sido solicitados em três ocasiões anteriores e negados devido à necessidade deste dispositivo legal. Castro enfatizou que o estado possui atualmente uma força de segurança capacitada, com salários adequados, equipamentos, infraestrutura, tecnologia e logística.
