O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta semana que o governo brasileiro deve recorrer a uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para reforçar a segurança de chefes de Estado e autoridades de todo o mundo durante a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro deste ano.
Durante conversa com jornalistas que participaram de um curso promovido pela Marinha no Rio de Janeiro, Múcio antecipou que a atuação das Forças Armadas será ampliada no período da conferência. “Vamos com as forças para lá. Evidentemente que o serviço de segurança pública não vai ficar por nossa conta. Eu acredito até que o governo brasileiro estabeleça GLOs de proteção dos governantes que estão vindo”, disse.
O ministro descreveu a operação como inédita: “Vamos fazer um trabalho inusitado, algo que nunca foi visto”.
A COP30 deve reunir cerca de 50 mil participantes de todo o mundo, incluindo representantes de quase 200 países. O evento marca o encerramento do primeiro ciclo de avaliação global do Acordo de Paris e é considerado estratégico para os países em desenvolvimento na luta por mais financiamento climático.
Múcio também comentou os desafios específicos da região. Segundo ele, há preocupação com a atuação do crime organizado e do tráfico de drogas, além de questões logísticas para acomodar o grande número de delegações internacionais.
Na mesma ocasião, o ministro exaltou o trabalho das Forças Armadas nas fronteiras brasileiras e no combate ao garimpo ilegal.