O líder espiritual do budismo tibetano, o Dalai Lama, completou 90 anos neste domingo (6), após uma semana de comemorações de seus seguidores, a qual ele irritou a China novamente e falou sobre a esperança de viver além dos 130 anos e reencarnar após a morte.
Seguidores do Dalai Lama esperavam espalhar a mensagem de viver com compaixão e amor no seu aniversário, reunindo-se em várias partes da Índia neste domingo (6).
Uma procissão comemorativa foi organizada no leste de Gaya e, na capital indiana, Nova Déli, uma cerimônia de corte de bolo foi realizada, seguida por uma apresentação de dança tradicional.
O ganhador do Prêmio Nobel é considerado um dos líderes religiosos mais influentes do mundo, com seguidores que vão muito além do budismo, mas não por Pequim, que o chama de separatista e busca controlar a fé.
Fugindo de Tibete em 1959, após uma revolta fracassada contra o domínio chinês, o 14º Dalai Lama, com centenas de milhares de nativos, refugiou-se na Índia e, desde então, defende um “Caminho do Meio” pacífico para buscar autonomia e liberdade religiosa para o povo tibetano.