A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, apontado como quarto suspeito de participação no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes.
De acordo com o documento judicial, Dahesly Oliveira, presa por ter transportado um fuzil utilizado no crime, disse ter recebido pagamento via Pix para realizar o transporte das armas, valor transferido de uma conta em nome de uma criança de 10 anos, filho de Luiz Antônio.
A Justiça considerou a prisão necessária para evitar fugas e garantir a continuidade das investigações. A medida tem prazo inicial de 30 dias.
Transporte de fuzil
Dahesly Oliveira Pires, 25 é suspeita de entregar a arma do crime a um homem no ABC Paulista, embora alegue não saber o conteúdo da sacola, versão que não convenceu a polícia.
Levada ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para depoimento na tarde de quarta-feira (17), a polícia solicitou e a Justiça decretou sua prisão temporária.
Após passar pelo IML, Dahesly foi encaminhada ao 6º DP (Cambuci) e deve ser submetida a audiência de custódia ainda hoje. Informações prévias revelam que Dahesly possui passagem criminal por tráfico de drogas.
De acordo com a denúncia, os fatos ocorreram em junho de 2023, nas dependências do CDP (Centro de Detenção Provisória II), em Osasco, na Grande São Paulo.
Relembre morte de ex-delegado-geral em SP
A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, em Praia Grande (SP) na segunda-feira (15), mobilizou uma força-tarefa policial e gerou forte repercussão devido ao seu histórico de combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC)
O secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, confirmou que Fontes estava “sendo procurado, caçado”. O crime foi descrito como “covarde” e “bárbaro” pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo promotor Lincoln Gakiya, respectivamente.
Quem era Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado inimigo do PCC executado em SP
Fontes era considerado um dos principais inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC), tendo sido pioneiro no mapeamento da facção e responsável por indiciar sua cúpula, incluindo Marcola, em 2006.
Ele era jurado de morte pelo PCC desde 2006 e havia expressado preocupação com sua segurança após um assalto em 2023, dizendo: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.