Governo do RJ divulga nomes de suspeitos mortos em megaoperação; veja lista


O Governo do Rio de Janeiro divulgou, na manhã de hoje, parte dos nomes dos suspeitos mortos na megaoperação de terça-feira (28), no Complexo do Alemão e da Penha.

Segundo as forças de segurança, 99 suspeitos já foram identificados. Destes, 78 possuíam algum tipo de antecedente criminal e 42 deles tinham mandados de prisão em aberto.

“Tribunal do CV”: quem são faccionados que torturam moradores da Penha (RJ)

Veja a lista:

  • PP, chefe do tráfico do Pará
  • Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus (AM)
  • Gringo, chefe do tráfico em Manaus (AM)
  • Mazola chefe do tráfico em Feira de Santana (BA)
  • DG, chefe do tráfico na Bahia
  • FB, chefe do tráfico na Bahia
  • Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás
  • Rodinha, chefe do tráfico em Goiânia (GO)
  • Russo, chefe do tráfico em Vitória (ES)

*Em atualização

O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou ainda que dos complexos da Penha e do Alemão partem todas as ordens e diretrizes para todos os estados onde o Comando Vermelho tem algum tipo de atuação.

Armas da Europa, drones e roupas camufladas

Ao longo dos anos, o CV (Comando Vermelho) aprimorou o “arsenal de guerra” que utiliza nos confrontos contra a polícia e grupos rivais do Rio de Janeiro.

Durante a megaoperação de terça-feira (28), a mais letal da história do Brasil, os integrantes da facção usaram armas fabricadas na Europa, tecnologias como drones, além de roupas camufladas.

As novas táticas nas “batalhas campais” e os armamentos usados mostram uma espécie de “escalada bélica”. Armas de uso das forças armadas de países da América do Sul foram encontradas entre os 91 fuzis apreendidos durante a ação policial.

Entre as armas apreendidas, estão modelos da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil. Os fuzis apreendidos são, em sua maioria, dos calibres 5.56 e 7.62, fabricados principalmente no Velho Continente. Segundo a Polícia Civil, muitos chegam ao Brasil por rotas que passam pelo Paraguai.

Indícios apontam que criminosos transportam apenas partes das armas e que completam os componentes com peças adquiridas legalmente pela internet.

De acordo com Paulo Storani, ex-capitão do Bope, hoje o CV tem acesso a armas como fuzis de modelo G3, uma arma considerada extremamente sofisticada.

Ainda segundo ele, são vistas em posse de integrantes da facção AKs-47, modelo de fuzil usado por exércitos europeus e da Venezuela, e FAls, tipo utilizado pelas forças armadas brasileiras. 

Segundo as forças de segurança, durante a megaoperação de terça-feira (28), faccionados do Comando Vermelho usaram drones para lançar granadas contra os agentes das forças de segurança.  

Além disso, os equipamentos tecnológicos são usados pela facção para o monitoramento de ações policiais.

A denúncia do MPRJ, que serviu como ponte de partida para a operação, destaca como o crime tem se modernizado. Segundo o documento, Carlos “Gardenal”, integrante do CV, era responsável por orientar a aquisição dos drones de vigilância.

Há, inclusive, trocas de mensagens entre ele e outro acusado de vulgo “Grandão”, sobre a utilização de drones de maior tecnologia para atenderem, por exemplo, monitoramento noturno.

“A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”, disse “Gardenal” em uma das mensagens.

 



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/governo-do-rj-divulga-nomes-de-suspeitos-mortos-em-megaoperacao-veja-lista/

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