Iga Swiatek critica calendário da WTA e cogita cortar torneios obrigatórios


A número 2 do mundo, Iga Swiatek, voltou a levantar críticas ao calendário do tênis profissional. A polonesa afirmou nesta semana que a temporada é “longa demais e intensa demais” e que, para preservar sua saúde, poderá reduzir sua agenda, mesmo que isso signifique abrir mão de torneios obrigatórios.

O circuito masculino e feminino soma 11 meses de competições, alvo de críticas recorrentes. A polêmica ganhou novo fôlego durante a atual “gira asiática”: cinco partidas do China Open precisaram ser interrompidas ou encerradas por lesões na última segunda-feira (29).

Entre os afetados estavam Lois Boisson, Zheng Qinwen, Lorenzo Musetti e Jakub Mensik. Já Camila Osorio abandonou o jogo após perder o primeiro set para Swiatek.

“Parece que as pessoas estão mais fatigadas. Infelizmente, a gira asiática é a parte mais difícil, porque a temporada parece estar acabando, mas ainda precisamos forçar”, disse Swiatek, seis vezes campeã de Grand Slam.

Pelas regras da WTA, jogadoras de elite são obrigadas a disputar os quatro Grand Slams, dez torneios WTA 1000 e seis WTA 500. Quem não cumpre está sujeito a multas e perda de pontos no ranking.

 

Swiatek, que jogará todos os torneios mandatórios em 2025, admitiu, no entanto, que considera inviável manter esse ritmo: “Não acho que alguma jogadora do topo consiga de fato cumprir isso. É impossível encaixar no calendário”.

Resposta da WTA

A WTA respondeu em nota à Reuters, afirmando que o bem-estar das atletas é prioridade. A entidade disse ter feito ajustes no calendário para 2024 com objetivo de dar mais previsibilidade às principais jogadoras e aumentar oportunidades para nomes emergentes.

Além disso, anunciou compromisso de elevar em US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) a premiação total nos próximos dez anos.

Mesmo assim, as críticas permanecem. Em março, a Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA) entrou com uma ação contra as entidades que regulam o esporte, acusando-as de práticas anticompetitivas e descaso com a saúde dos atletas.

A WTA classificou o processo como “infundado” e defendeu sua atuação em prol do crescimento do tênis feminino.

(Reportagem de Shrivathsa Sridhar em Bengaluru; Edição de Peter Rutherford)



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/tenis/iga-swiatek-critica-calendario-da-wta-e-cogita-cortar-torneios-obrigatorios/

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