Israel intensifica operação na Cidade de Gaza, diz Netanyahu


O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse no domingo (7) que Israel estava “aprofundando” sua operação dentro e ao redor da Cidade de Gaza, enquanto os militares realizavam ataques no maior centro urbano de Gaza, onde centenas de milhares de palestinos buscam abrigo.

Mais cedo no domingo (7), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse a repórteres em Jerusalém que a guerra poderia terminar imediatamente se o Hamas libertasse os reféns restantes mantidos em Gaza e depusesse suas armas.

Em resposta, Basem Naim, alto funcionário do Hamas, disse à Reuters que o grupo não deporia as armas, mas libertaria todos os reféns se Israel concordasse em encerrar a guerra e retirar suas forças de Gaza, uma postura que tem sido a posição do grupo militante palestino há muito tempo.

No mês passado, Israel lançou uma operação para tomar a Cidade de Gaza, o principal centro urbano. As forças estão agora a poucos quilômetros do centro da cidade.

Entenda a guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.

Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.

Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.

Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.

Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino. De acordo com a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.

Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.



Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/israel-intensifica-operacao-na-cidade-de-gaza-diz-netanyahu/

{title}