O ouro fechou em queda nesta terça-feira (18), ampliando a sequência recente de baixas, mas longe das mínimas da manhã.
Os preços chegaram a cair abaixo de US$ 4 mil por onça-troy, refletindo a menor confiança em um corte de juros em dezembro pelo Federal Reserve, mas reduziram as perdas após dados do mercado de trabalho nos EUA.
Na Comex, divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), o ouro para dezembro encerrou em queda de 0,19%, a US$ 4.066,50 por onça-troy.
Os preços do metal precioso operaram voláteis nesta sessão, assimilando o ambiente global incerto, aversão a ações sensíveis a inteligência artificial e retomada da divulgação de indicadores represados pela recente paralisação do governo americano.
Nesta terça, a divulgação inesperada de pedidos de auxílio-desemprego mostrou 232 mil solicitações na semana encerrada em 18 de outubro, a primeira publicação desde 25 de setembro.
Investidores, contudo, ainda aguardam o principal relatório de empregos dos EUA, conhecido como payroll, para calibrar perspectivas de política monetária. Em evento, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que os próximos dados “poderão ajudar a esclarecer a direção correta para as políticas”.
Segundo a ferramenta FedWatch da CME, os mercados agora precificam 51% de probabilidade de um corte em dezembro – acima dos 46% vistos no início do dia, mas abaixo dos 67% da semana passada.
Na visão do Deutsche Bank, o ouro continua como um relevante diversificador de portfólios por sua “correlação positiva com o risco” nos últimos anos, embora a volatilidade do metal permaneça elevada.
“A alta demanda oficial é a principal razão da performance superior do ouro e esperamos que continue assim no futuro próximo, apoiando uma média de preços de US$ 4 mil a onça-troy em 2026”, afirmou.
