O presidente do São Paulo, Julio Casares, revelou um dos motivos do clube paulista não ter fechado com o atacante Marcos Leonardo, do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Em entrevista à ESPN, o dirigente admitiu a dificuldade do negócio em termos financeiros, mas apontou que o vazamento das informações foi o que mais atrapalhou a negociação.
“Nós sabíamos de uma dificuldade de investimento, ou seja, se tivesse investimento, qualquer que fosse o tamanho, nós não faríamos, não só porque seria uma aventura, porque nós não tínhamos dinheiro. Não adianta eu fazer um investimento e deixar de pagar salário”, declarou.
Casares também dirigiu palavras de agradecimento a Marcos Leonardo, que, segundo o mandatário, fez um grande esforço para se transferir ao São Paulo.
“Eu quero agradecer ao Marcos Leonardo, porque ele se empenhou muito, ele e seu empresário. O grande problema disso foi o vazamento inadequado num momento de uma negociação que foi até tarde, eu estava presente virtualmente e os nossos diretores estavam lá. Mas o vazamento atrapalhou”, acrescentou.
Por fim, o presidente são-paulino citou exemplos de outras negociações do São Paulo que se concretizaram, argumentando que, nesses casos, a discrição prevaleceu.
“O vazamento precoce foi terrível pra nós, e eu sempre digo: quando nós contratamos o James Rodriguez não teve vazamento, o próprio Lucas foi algo de extrema discrição. Eu acho que esse é o segredo de um bom negócio. Mas, vazou. E isso atrapalhou, virou uma novela”, concluiu.
Marcos Leonardo
Marcos Leonardo chegou ao Al-Hilal em setembro de 2024 e custou aproximadamente 40 milhões de euros (R$ 250 milhões na cotação da época). Em 43 jogos disputados na temporada passada, marcou 29 gols e deu três assistências.
Revelado pelo Santos, ele atuou no Benfica, de Portugal, na passagem pelo futebol europeu.