A influenciadora Juliana Oliveira, tem dividido com seu médico, o cirurgião plástico Thiago Marra, o processo de reconstrução de seu rosto, após a aplicação criminosa de 21 seringas de óleo mineral.
De Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, Juliana é uma mulher trans que procurou uma clínica clandestina para deixar seu rosto “mais feminino” em 2017. O espaço dizia que faria o procedimento com silicone industrial, mas na verdade, aplicou 21 seringas de óleo mineral. Com o uso dessas substâncias, a influenciadora passou a sofrer com um inchaço em seu rosto – que segundo seu médico, o edema aumentou por três anos, de 2018 a 2021.
Após o ocorrido que causou uma deformação em seu rosto, Juliana passou a ter dificuldade de conseguir um trabalho. Então, ela acabou de tornando conhecida nas redes sociais como “Juju do Pix”, por pedir em suas redes sociais transferências em dinheiro para que fizesse uma cirurgia reparadora.
Em 2021, ela chegou a participar do programa “A Tarde é Sua”, com Sônia Abrão, que popularizou o seu caso e a ajudou a arrecadar cerca de R$ 20 mil para a cirurgia. Contudo, Juju declarou em suas redes que o valor não conseguiria arcar totalmente com os custos de um procedimento reparador, e que doaria o que havia conseguido. Porém, sem apresentar provas da devolução, ela se tornou alvo de críticas nas redes sociais das pessoas que estavam acompanhando o caso.
As polêmicas pioraram quando, após ser pressionada, Juju disse que havia comprado uma moto com o valor que conseguiu de colaboradores, mas que não vinha do montante da vaquinha. Juju passou a ser alvo de ataques e protestos nas redes, incluindo atos de humilhação em massa.
“Na época, ela pediu ajuda nas redes sociais para realizar a cirurgia, mas acabou tomando decisões equivocadas, usando parte dos recursos para outros fins. Hoje, a Juju reconhece esse erro, carrega um arrependimento genuíno e entende o quanto isso prejudicou sua própria jornada. Mesmo assim… nada justifica o que ela enfrentou desde então. A Juju sofreu bullying, ataques de ódio, perseguições e crimes digitais”, explica a publicação se Thiago Marra.
Segundo o próprio médico, devido a gravidade e delicadeza do caso, diversos profissionais se recusaram a fazer a cirurgia de reconstrução. Em 20 de novembro, Juliana foi operada no Hospital Indianópolis, em um procedimento que contou com retirada da pele contaminada pelo óleo.
Nesta semana, o profissional mostrou nas redes sociais os resultados 20 dias após o procedimento. “Ela está muito bem, com uma cicatrização excelente, sem nenhum tipo de intercorrência”, afirmou.
*Com informações de Larissa Santos.
