O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (28) que pretende conceder um “perdão total e completo” ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández. O anúncio foi feito em sua plataforma Truth Social. A medida apagaria uma condenação por tráfico de drogas nos EUA. Atualmente Hernández cumpre pena de 45 anos em uma prisão federal. “Concederei um Perdão Total e Completo ao ex-presidente Juan Orlando Hernández, que, segundo muitas pessoas que respeito muito, foi tratado com muita severidade e injustiça”, escreveu.
Trump também comentou sobre as eleições do país e manifestou seu apoio à Tito Asfura. “Isso não pode acontecer, especialmente agora, depois da vitória de Tito Asfura nas eleições, quando Honduras estará a caminho de um grande sucesso político e financeiro. Vote em Tito Asfura para presidente e parabéns a Juan Orlando Hernández pelo seu perdão”, complementou.
O anúncio do presidente ocorre em um momento em que seu governo tem se concentrado, nos últimos meses, no que descreve como uma operação antidrogas no Caribe, com intensificação da atividade militar dos EUA na região. O regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro tem respondido a esse aumento com sua própria demonstração de força na região.
Relembre a condenação
Presidente de Honduras de 2014 a 2022, Hernández foi condenado no ano passado a uma multa de US$ 8 milhões por um juiz dos EUA por crimes de tráfico de drogas. Os promotores acusaram Hernández de conspirar com cartéis de drogas durante seu mandato, enquanto estes transportavam mais de 400 toneladas de cocaína através de Honduras rumo aos Estados Unidos.
Em troca, segundo os promotores, Hernández recebeu milhões de dólares em subornos que usou para impulsionar sua ascensão na política hondurenha. Durante seus anos no cargo, o Departamento de Justiça afirmou que Hernández “protegeu e enriqueceu os traficantes de drogas de seu círculo íntimo”. Os promotores citaram o uso de seu poder executivo para apoiar a extradição para os EUA de certos traficantes de drogas “que ameaçavam sua permanência no poder”, enquanto “prometia aos traficantes que o pagavam e seguiam suas instruções que eles permaneceriam em Honduras”.