O vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson, afirmou nesta sexta-feira (21) que acredita que a atual alta das ações relacionadas à inteligência artificial dificilmente será uma repetição da bolha da internet do final da década de 1990, que terminou em colapso.
Ele justificou a afirmação pontuando que as empresas relacionadas à IA estão bem estabelecidas e apresentam lucros reais.
Um relatório recente do Fed mostrou que cerca de 30% dos entrevistados acreditam que uma mudança de opinião contrária à IA representa um risco significativo para o sistema financeiro dos EUA e para a economia global.
Jefferson observou que o entusiasmo dos investidores por empresas de IA ocorre em um contexto de sistema financeiro “sólido e resiliente”.
Ele também afirmou, em discurso preparado para uma conferência do Fed de Cleveland, que, diferentemente do boom especulativo das empresas ponto-com, as companhias de IA até o momento não têm dependido muito de financiamento por dívida.
Se os investimentos futuros em infraestrutura de IA exigirem mais dívidas, como alguns analistas preveem, “a alavancagem no setor de IA poderá aumentar — e as perdas também, caso a percepção sobre a IA mude”. “Acompanharei de perto essa tendência em desenvolvimento”.
Jefferson acrescentou que a inteligência artificial pode transformar o mundo de uma forma drástica e “turbulenta”, embora seja cedo demais para dizer exatamente quais serão as consequências para o mercado de trabalho, a inflação e a política monetária.
